A palavra "Torá" tem múltiplos significados no contexto judaico. Em seu sentido mais amplo, "Torá" refere-se ao corpo central da lei e dos ensinamentos religiosos judaicos, que inclui os cinco livros de Moisés (Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio), conhecidos como a Torá escrita ou Torá Shebichtav. A Torá escrita é considerada a revelação divina dada a Moisés no Monte Sinai. No entanto, a palavra "Torá" também pode se referir à tradição oral, que consiste em explicações e interpretações dos ensinamentos da Torá escrita transmitidas oralmente ao longo dos séculos.
Rashi, por sua vez, é uma abreviação de Rabbenu Shlomo Yitzhaki. Ele foi um renomado erudito judeu francês do século XI que se destacou por seus comentários e interpretações da Bíblia hebraica e do Talmude. Os comentários de Rashi são altamente valorizados por sua clareza, concisão e profundidade. Eles são considerados uma fonte autoritativa para a compreensão dos textos sagrados judaicos e são amplamente estudados por estudiosos e alunos em todo o mundo.
Portanto, "Torá Rashi" se refere à combinação da Torá escrita com os comentários de Rashi. É uma referência ao estudo e à compreensão dos ensinamentos da Torá escrita, acompanhados dos comentários e das explicações fornecidos por Rashi. Os comentários de Rashi são particularmente conhecidos por sua ênfase na gramática, na linguagem e na contextualização histórica dos textos sagrados, proporcionando uma perspectiva valiosa para a interpretação dos ensinamentos bíblicos. O estudo da "Torá Rashi" é uma prática comum em círculos judaicos de estudo da Torá, permitindo uma compreensão mais profunda dos textos e uma conexão mais significativa com a tradição e a sabedoria judaicas.